CARREGAMOS EM NOSSO CORPO MEMÓRIAS DE NOSSA FAMÍLIA

O corpo muitas vezes reflete problemas de família não resolvidos. 

Algumas  áreas específicas do cérebro tem funções cognitivas específicas. A conclusão a que chegamos é que tanto no cérebro como no universo, tudo interage com tudo e tudo o que está contido em cada parte de um todo. 

As memórias da árvore genealógica e dos primeiros anos de vida são as que mais influenciam na vida de um indivíduo. 

A família se mantém viva na pele, tanto é que nos reconhecemos em nossa árvore em certos traços pessoais. 

A forma como um indivíduo é concebido, o tipo de parto, como foi a infância, tudo está escrito no corpo. 

Por exemplo, podemos considerar o peso da culpa sobre as costas e o trauma de infância nos pés. 

A pele é uma grande tela na qual está escrita a história de nossas relações com o mundo.

As memórias do que vivemos criam registros em nosso corpo.

Nosso corpo é o mapa físico da nossa consciência, um verdadeiro reflexo de como podemos trabalhar em diferentes áreas da vida. Qualquer sintoma físico é uma oportunidade para tomar consciência de que existe uma área em nossa vida que precisa de atenção. 

O corpo inteiro está inclinado a ir: para trás ou para a frente. Podemos estar correndo  do passado, se andarmos curvando-se ligeiramente para a frente. Se estamos inclinados a andar para trás podemos ter medo de entrar na vida.

Nós somos um espírito que usa um corpo como  veículo para passear nesta vida, mas ele não é um corpo inerte, cada célula contém o que eram os nossos antepassados ​​e o que somos hoje.

Este artigo destina-se apenas a dar algumas orientações como base nas experiência do autor,pois sabemos que não existem receitas prontas: somos seres únicos, cada qual com a sua origem e a sua história.

Texto de Alejandro Jodorowsky, emprestado de Consejos del Conejo e traduzido por mim, Romy Valente.